27 maio 2010

Jó 42

 vamos estudar no livro de Jó Capítulo 42 a seguir:

V. 1: "Então, respondeu Jó ao SENHOR e disse:" A última resposta de Jó a Deus foi de absoluta humildade e submissão à sua revelação. Confessou
(1) que Deus faz tudo bem;
(2) que em tudo que Deus permite acontecer, Ele procede com sabedoria e propósito; e, portanto,
(3) até o sofrimento dos justos tem sentido e propósito divinos.

V. 3: "Quem é aquele, dizes tu, que sem conhecimento encobre o conselho? Por isso, falei do que não entendia; coisas que para mim eram maravilhosíssimas, e que eu não compreendia." Jó reconheceu que os caminhos de Deus estão além da compreensão humana e que por falta de entendimento seu, ele declarara que eram injustos.
(1) Note que Jó, no seu sofrimento e nas suas orações, não pecou contra Deus. Mesmo assim, sua falta de entendimento e suas queixas contra Deus quase o levaram ao orgulho e à crença de que Deus, em certo sentido, não era perfeitamente bom. Agora, com a manifestação e revelação do seu Senhor " Escuta-me, pois, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu ensina-me."(Jó 42. 5), sua perspectiva mudou completamente.
(2) Jó reconheceu o seu erro, e agora estava disposto a obedecer e servir a Deus, não importando o que viesse a acontecer-lhe. Temeria e amaria a Deus por causa dEle mesmo, com ou sem saúde, independente de qualquer vantagem pessoal.
(3) Jó, ao submeter-se totalmente a Deus com fé, esperança e amor, mesmo ainda sofrendo, sem saber o por quê de tudo, comprovou que a acusação de Satanás era falsa "Então, respondeu Satanás ao SENHOR e disse: Porventura, teme Jó a Deus debalde? Porventura, não o cercaste tu de bens a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e o seu gado está aumentado na terra. Mas estende ha tua mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema de ti na tua face!" (Jó 1. 9-11) e assim vindicou o poder de Deus para redimir a raça humana e reconciliá-la consigo mesmo.

V. 5: "Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos." Jó tinha orado, anteriormente, para ver seu Redentor "Vê-lo-ei por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros, o verão; e, por isso, o meu coração se consome dentro de mim."(Jó 19. 27); agora foi atendido este seu anseio. A Palavra de Deus e a sua presença deram a Jó uma revelação melhor dos seus caminhos e caráter. Através dessa experiência pessoal, Jó foi transformado por uma disposição de perdoar, uma renovada confiança na bondade de Deus e uma experiência do amor divino que lhe transmitia confiança.
(1) O aparecimento de Deus a Jó foi uma evidência da retidão deste, e é uma garantia a todos os fiéis de que o Senhor considera as nossas sinceras indagações ao enfrentarmos provações e sofrimento sem explicação.
(2) Deus é paciente com os seus, e deles se compadece em suas fraquezas, seus equívocos e mesmo rancor "Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado." (Hb 4.15). Em casos como o de Jó, se perseverarmos, Deus manifestará sua presença e nos dispensará o seu cuidado.

V. 6: "Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza." Jó, diante da revelação de Deus, humilhou-se arrependido. A palavra "arrependo", aqui, indica que Jó se considerou, bem como a sua retidão moral, como simples "pó e cinza", diante de um Deus santo (cf. Is 6). Jó não negou o que afirmara da sua vida de retidão e integridade moral, mas realmente reconheceu que é inadmissível o homem, finito que é, reclamar e queixar-se de Deus, e arrependeu-se disso (cf. Gn 18.27).

V. 7: "Sucedeu, pois, que, acabando o SENHOR de dizer a Jó aquelas palavras, o SENHOR disse a Elifaz, o temanita: A minha ira se acendeu contra ti, e contra os teus dois amigos; porque não dissestes de mim " Embora o livro de Jó não ofereça uma explicação final para o problema do sofrimento imerecido pelo justo, a resposta cabal não está em argumento teológico, mas num encontro pessoal entre Deus e o justo sofredor (como no caso de Jó).
(1) Somente a presença pessoal de um Deus que consola e que vela pelas pessoas pode nos dar confiança na sua graça e propósito para a nossa vida. Aos que crêem em Cristo, Deus lhes envia o Espírito Santo como Ajudador e Consolador "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, (Jo 14. 16).
(2) A presença de Deus, pelo Espírito Santo, nos ensina que podemos ter confiança no amor de Deus, quer na adversidade, quer na bênção. O Espírito nos transmite a presença de Cristo e nos aponta a cruz, mediante a qual temos a garantia de que Deus é por nós e que Ele visa o melhor para nós.

V. 10: "E o SENHOR virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o SENHOR acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes possuía." A restauração das riquezas de Jó revela o propósito de Deus para todos os crentes fiéis.
(1) Cumpriu-se o propósito divino restaurador, concernente ao sofrimento de Jó. Deus permitira que Jó sofresse, por motivos que ele não compreendia. Deus nunca permite que o crente sofra sem um propósito espiritual, embora talvez ele não compreenda por que. Nesses casos o crente deve confiar em Deus, sabendo que Ele, na sua perfeita justiça, fará o que é sempre melhor para nós e para seu reino.
(2) Jó reconciliou-se com Deus, passando a ter uma vida abundantemente abençoada. Isto revela que por maiores que forem as aflições ou dores que os fiéis tenham que passar, Deus, no momento certo, estenderá a mão para ajudar os que perseverarem, concedendo-lhes cura e restauração totais. "Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso" (Tg 5.11).
(3) Todos que permanecerem fiéis a Deus, nas provações e aflições desta vida, chegarão por fim àquele estado de delícia e bem-aventurança na presença de Deus, por toda a eternidade (ver 2 Tm 4.7,8; 1 Pe 5.10; Ap 21; 22.1-5).

Fonte Bíblia de Estudo Pentecostal

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