14 julho 2010

Alegrai-vos


Alegrai-vos, pois,  regozijai-vos no Senhor, vosso Deus, porque ele vos dará em justa medida a chuva; fará descer, como outrora, a chuva temporã e a serôdia.
(Jl 2:23)

“Mais alegria me puseste no coração do que a alegria deles, quando lhes há fartura de cereal e de vinho.” *

É maravilhoso quando nós atingimos o ponto de nossas vidas em que nos alegramos em nossa fé em Deus e na certeza de sua proteção; e, temos esta alegria residente em nós, nos sentimos bem tanto na fartura de cereal e vinho quanto nos momentos em que temos que buscá-los, pois estão escassos.

Este sentimento impossível de narrar aos corações que ainda estão endurecidos e para os quais a alegria vem da fartura e da ausência de problemas é, na verdade, um direito nosso.

Um direito de todos, mesmo dos que ainda não conseguiram abrandar seus corações; e,  portanto não experimentam a paz mesmo diante da tormenta.

E bom nos alegrarmos apenas em nossa fé, pode ser que tenhamos falhado na primeira vez que tentamos, que nossos corações tenham sido lapidados por um cinzel de mãos incrédulas e com isto tenham sido preparados para ver apenas o que está diante dos olhos, então quando tentamos exercitar a fé salta diante de nós a necessidade de um  mundo perfeito para que estejamos em paz.

Mas isto não nos obriga a desistir do que é nosso por direito, pelo contrário, deve nos incentivar a buscar o que nos pertence.

Este é o momento de mostrarmos de que material fomos feitos, de sermos o galho que verga até o chão, mas  não racha, que vai resistir até que a força que tenta nos quebrar, vencida por nossa decisão de não ceder desista de nos forçar; e, finalmente estejamos em nova condição, extenuados pela luta, mas vencedores e sentindo o cansaço de ante então ser substituído por êxtase, como se de repente tivéssemos sendo transportados para fora de um coração duro e sem compreensão para outro lapidado por mãos que lhe deram forma de coragem, confiança e crença.

Quando entendermos que Deus é, antes de tudo, pai, basta nos perguntarmos: que pai mandaria o filho para a frente de combate sem antes prepará-lo, dar-lhe as armas e as condições, usar de tudo que lhe é possível fazer para que vá, combata e volte vencedor.

No entanto! Muitas vezes somos indolentes durante as instruções  e nos lançamos ao campo de batalha, despreparados, armas incompletas, provisões insuficientes, espírito enfraquecido.

Mas quando sentimos que tudo está perdido, clamamos ao Pai e descobrimos que Ele não nos mandou sozinho para a luta, nos acompanhou em nossa jornada e está bem ali, ao nosso lado, trouxe armas eficientes, provisões adequadas e lutará conosco.

E bom sabermos disto, nos enchermos desta certeza, e mesmo durante todos os momentos cruciais de uma batalha ferrenha sermos o extraordinário exemplo que encherá outros corações de fé, que dará coragem a outros que precisam dela, que mostrará sem sombra de dúvida que temos que manter a serenidade mesmo quando os projeteis sibilam e as bombas explodem próximas a nós, porque a fé, embora deva ser constante, nestes momentos, tem que ser presente... firme, decisiva, demosntrada.

Façamos a diferença e cantemos mais alto que o ribombar dos canhões.

Cantemos! Mesmo que o momento pareça impróprio para cantar, isto encherá nossos corações de força e fortalecerá todos os corações à nossa volta, dando lhes a coragem que precisam para vencer as barreiras que até então pareciam intransponíveis.
 Manancias no Deserto. – Lettie Cowman.

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