14 julho 2010

Vivemos realmente aquilo que cantamos?



“E ele (Jesus), respondendo, disse-lhes: Bem profetizou Isaías acerca de vós,
hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com lábios, mas o seu coração está
longe de mim.” (Mc. 7.6.) No texto de Marcos, constatamos que os fariseus cometiam o pecado do legalismo. Isto quer dizer que eles substituíam com palavras e práticas
externas as atitudes internas requeridas por Deus oriundas do “novo nascimento”.
Eles falavam palavras sábias e agiam como pessoas justas, mas sua motivação não
partia do desejo sincero de obedecer e agradar a Deus. Neste episódio, os fariseus
foram chamados hipócritas, isto é, atores, fingidos religiosos, dissimulados.
Era assim que Jesus freqüentemente os considerava.

Ainda nos falta sensibilidade e discernimento para detectarmos o terrível erro do
legalismo dentro de nossas igrejas. Se olharmos atentamente para os nossos atos de adoração, constataremos sem empecilhos a presença de exageros, mentiras,
declarações inconseqüentes etc. Um bom começo é olhar as músicas que estão sendo cantadas. Já foi dito que as canções que entoamos nos cultos são por demais fantasiosas. Muitas falam de coisas que dificilmente serão postas em prática. São promessas que não serão cumpridas, declarações que não são verdadeiras, pedidos que não representam a vontade de Deus etc. Vamos citar um clássico exemplo. Responda-me com sinceridade: você poderia viver perfeitamente o que a música abaixo o força a prometer?

Eu nunca desanimarei,
Eu nunca deixarei de confiar em Ti,
Sempre estarei em oração Senhor,
Minha fé nunca será abalada (...)

Será que quando um cristão canta esta música, ele está ciente das lutas, tribulações
e dúvidas que enfrentará? Será que o cristão continuará firme em oração até o final de
seus dias? Será que manterá a promessa de persistir em oração por toda a sua vida?

Outro exemplo:

Vivemos em total comunhão,
Aqui não existe mágoa, rancor, tristeza,
Porq ue somos totalmente unidos,
No amor de Cristo...

Será que estamos preparados para entoar canções como estas em nossas igrejas,
sem que um ou outro irmão cante de forma enganosa? Será que realmente não
existe mágoa ou tristeza no Corpo de Cristo? Vivemos realmente em total comunhão?

Caro leitor, vale dizer que o problema maior não são as músicas que cantamos, mas a
vida que levamos. Isto porque em muitas ocasiões, nossa vida não sustenta as
palavras que cantamos, ou o sermão que pregamos. É aí que mora o perigo;
é aí que está o real problema.

Evidentemente creio que fazemos isto não porque desejamos conscientemente
enganar a Deus. Contudo, às vezes falamos a Deus aquilo que achamos que ele quer
ouvir, e não o que realmente está em nosso coração. Sem dúvida alguma isso é um
tipo de engano. Por isso estes questionamentos acima são extremamente sérios e
devem ser tratados com atenção e reflexão.. Não estou dizendo que devemos
parar de cantar tais tipos de músicas, mas digo que devemos ensinar e ajudar
nossos irmãos a viverem os ensinamentos cristãos que estamos cantando.

Às vezes, quando cantamos, oramos ou pregamos, estamos fazendo promessas a
Deus sem perceber. Contudo, muitas dessas promessas nunca serão cumpridas.
Quantas delas já foram esquecidas? Neste ponto devemos tomar cuidado! Quando
lemos o livro de Deuteronômio, vemos que Deus não se agrada deste tipo de atitude: “Quando fizeres algum voto ao Senhor teu Deus, não tardarás em cumpri-lo; porque o Senhor teu Deus certamente o requererá de ti, e em ti haverá pecado.” (Dt. 23.21.)

O capítulo 30 de Números deixa claro que Deus requeria do seu povo o cumprimento
das promessas feitas a ele. Deus fez os israelitas verem a seriedade de um voto ou promessa, e mostrou que a falsidade, a mentira e a hipocrisia não têm lugar entre o
seu povo. Que esta lição possa valer para nós atualmente!



Minha Fonte: Recebido do Ministério Jovem IBP

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