18 outubro 2010

Estrelas na escuridão




 

 

 

Se abrires a tua alma ao faminto e fartares a alma aflita, então, a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia.

(Is 58:10)

 

Às vezes somos levados a um canto escuro, um lar entristecido pela traição ou por um filho que nos decepciona e nos vira as costas ou porque temporariamente nos falta emprego, uma chance de demonstrarmos nosso valor. Tudo nos parece tão difícil! As cortinas parecem se cerrar escondendo o sol, a falta de uma luz tenta nos arrefecer o ânimo sendo minado por alguma tristeza esmagadora.

 

Mas! Seja qual for o acontecimento que nos atingiu, a traição, a incompreensão a seca que destrói nossas colheitas, procuremos na escuridão que se apresenta: as estrelas.

 

Deixemos nossa mente livre do bloqueio do desânimo e veremos que no meio desta escuridão Deus nos conta seus segredos espetaculares, segredos que não poderíamos entender enquanto nossos olhos estavam deslumbrados pela ação de luzes sazonais, pela fé que depositávamos nas pessoas, humanas e falhas, por nossa ilusão com os valores materiais, ofuscados que estávamos com o brilho do ouro.

 

De repente!  Sentiremos que aos poucos as cortinas se abrem! Que a luz volta às nossas vidas! Não aquela luz que nos cegava, mas a luz que nos mostra maravilhas que não víamos enquanto éramos cegos e não sabíamos. Não a luz das ilusões terrenas, mas a luz tranqüila da compreensão a luz suave do amor real, a visão de todas as coisas boas que nos cercam e não víamos enquanto nossa fé nos homens nos fazia fascinado por coisas de valor efêmero e nossas paixões pelo que é transitório e de pouco valor real.

 

Uma nova maneira de ver a vida nos mostrará que, afinal, o sofrimento ao qual fomos submetidos teve outro significado, que a traição, a incompreensão e a seca eram necessários vieram para tirar de nossos rostos o sorriso desenhado por valores que não eram nossos, pelo que interesses mesquinhos definiram como ideal de viver,  substituindo-o por outro, real, sereno e imorredouro, o sorriso de quem descobriu que tem um Deus que ouviu seus segredos no canto escuro.

 

É muito bom quando descobrimos que queríamos coisas que não eram realmente necessárias para sermos felizes, e mais! Que temos muito mais que o necessário para sermos felizes. Que os valores que brilham, ofuscam, maravilham os olhos têm prazo determinado para gerar alegrias passageiras, que mal conseguimos, já não tem o sabor que esperávamos, que vai ficar esquecido em algum cômodo ou no fundo de uma gaveta.

 

Mas! Os valores intangíveis, os valores que enriqueceram nosso espírito, que vieram do canto escuro e deram brilho ao nosso verdadeiro sorriso, que deram luz ao nosso julgamento da realidade, que deram a real importância às pessoas que nos cercam, valorizaram algumas que nos eram indiferentes e tornou indiferentes algumas às quais dávamos valor, que tirou o significado de muitos objetos dando-lhes tão somente a importância que têm como utilitários, deixando de ser objeto de ostentação.

 

Agradeçamos ao momento de escuridão, olhemos para ele como se voluntariamente tivéssemos subido ao monte procurando paz e ali encontrado o vale do repouso, tranqüilos à sombra da grande rocha, onde esperamos o nascer das estrelas, alheios aos valores materiais e aos borburinhos da incompreensão humana; e, ao amanhecer descêssemos para uma nova vida onde a fé, nosso elo com Deus, tivesse se tornado soberana.


 

Baseado em texto de F.B.Meyer, publicado no livro Mananciais no Deserto. – Lettie Cowman.

 

 

CREDITOS DESTA MENSAGEM José Carlos.

 

 

 

 

 


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