20 setembro 2012

Movimento


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"e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim." (Mateus 10:38 ARA)
Interessante como um versículo conhecido como esse pode ser tão rico. Ele nos apresenta duas atitudes 100% práticas e que justificam a caminhada com Deus: tomar a cruz e seguir a Jesus.
Tomar a cruz é muito pregado, muito comentado, muito polemizado e talvez pouco compreendido. Já vi irmãs dizendo que o marido é sua cruz (se ele se converter ela fica sem cruz?). Já vi gente falando coisas legais como anular o ego, vencer tentações, buscar perdidos em situações desfavoráveis, muitas coisas que sinalizam reniúcia e sacrifício, o que combina melhor com cruz.
O que acho que nunca ouvi foi sobre alguem falando sobre "vem após mim". Tomar a cruz é colocá-la no ombro, mas segui-lo é andar, sair do lugar, movimentar-se. E mais do que isso, seguir a Ele - não andar como se estivesse na sua frente. Uma grande distorção que aparece nessa hora é pedir que Deus abençoe um plano pessoal, sendo que Deus já tem os Dele. Eu é que tenho de andar no caminho abençoado, não Ele que tem de abençoar o meu. Talvez a palavra forte aqui nem seja o 'vem' mas o 'após'. Quem coloca a carroça na frente dos bois arruma encrenca, sempre.
Jesus não nos chamou para fazer o que quisermos - tomemos a nossa cruz, sinônimo de renúncia. Jesus não nos chamou para segurar a cruz, parados - tomemos a cruz e o sigamos. Jesus não nos chamou para ultrapassá-lo ou deixá-lo para trás - sigamos Aquele que é o caminho como discípulos.
Ou encaramos isso ou perdemos a dignidade, a honradez de podermos dizer que somos seguidores. Se alguém quiser ir adiante de Jesus e dizer a Ele o que fazer, não conte comigo. Tenho me esforçado para anular minha vontade pessoal e seguir (literalmente) as ordens daquele que me tirou da morte para a vida. Não está sendo fácil e não sei se vou conseguir, mas vou morrer tentando.
"Pai, ensina-me a conduzir minhas decisões, ações e sentimentos, de tal modo que seja obediente a Ti e não a mim mesmo. Ajuda-me a ser um seguidor e não um sujeito esparramado por aí."
Mário Fernandez

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