22 abril 2013

As Chaves do Reino

 

Mateus 16: 13-19

            O Senhor Jesus faz uma ampla distinção entre a sua Obra e aquilo   que não é a sua obra, e para avaliar o grau de entendimento e alcance das pessoas a respeito de sua Obra, Ele perguntou aos discípulos o que as pessoas pensavam e comentavam a respeito d'Ele. A partir desta pergunta e das respostas que foram dadas, algo muito importante nos foi revelado.


Quem dizem os homens ser o Filho do Homem? 

   Jesus quis saber o que a multidão que o seguia pensava a seu respeito; Ele queria saber o quanto as pessoas haviam alcançado  e conhecido a respeito de sua pessoa. Nós podemos substituir a palavra homens por religiões, para podermos adequar melhor a pergunta de Jesus para os nossos dias, pois a opinião dos homens, naquela ocasião, é a mesma das religiões de hoje, que são organizadas pelos homens. Desta forma a pergunta ficaria assim: "Quem dizem as religiões ser o Filho do Homem?" As respostas foram as seguintes:

Uns João Batista, outros Elias, outros Jeremias ou um dos profetas...

    O que os discípulos responderam a Jesus era aquilo que eles ouviam no meio da multidão. Podemos observar que ninguém pensava mal de Jesus, pelo contrário, as pessoas o comparavam a verdadeiros homens de Deus, a servos que foram usados de maneira poderosa pelo Senhor, de modo que nenhuma resposta feria a Jesus, pois ser comparado com os profetas de Israel era algo formidável. No entanto, nenhuma das respostas era verdadeira, todos estavam enganados naquilo que pensavam acerca de Jesus e ninguém havia percebido que Ele realmente era. A multidão o havia comparado com pessoas mortas, que apesar de haverem sido usadas por Deus, não existiam mais. Essa é a concepção que as religiões têm a respeito de Jesus hoje em dia também. Elas falam coisas boas a respeito d'Ele, pregam sobre seus feitos, repetem suas palavras, constroem templos e cantam louvores ao seu Nome, e fazem outras tantas coisas para agradá-lo, mas agem e se comportam como se Ele estivesse morto. Elas lembram de Jesus como alguém derrotado pela morte, pregado na cruz, sem poder para fazer mais nada e como alguém que ficou num passado longínquo. As religiões pensam num Jesus dependente de sua mãe e que é conduzido por mãos humanas, pois sendo de madeira ou de metal, não pode andar, falar ou ouvir. O pensamento da religião a respeito de Jesus é baseado na razão e é puramente humana e materialista.

E vós, quem dizeis que eu sou?

     Depois de ouvir a opinião da multidão, Jesus quis saber o que os discípulos, que tinham comunhão com Ele e vivam ao seu lado, pensavam a seu respeito. A resposta daqueles que estavam sempre reunidos (no corpo) com Ele foi diferente:

Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo 

     A resposta de Pedro foi totalmente diferente das que foram dadas pela multidão. Enquanto a multidão se baseava na carne, na razão e na capacidade intelectual para avaliar Jesus, o apóstolo Pedro valeu-se da revelação dada pelo Pai Celeste, para expressar sua visão a respeito do Senhor. Pedro jamais poderia ter usado sua razão para chegar a esta resposta, pois nela está encarnada a mais pura verdade e a revelação da Trindade: Tu és o Cristo = Ungido pelo Espírito Santo. O Filho = o Filho Unigênito. Do Deus Vivo = o Pai. Enquanto a religião enxerga um Jesus morto, aqueles que têm a revelação O conhecem como Deus Vivo, como o Senhor da vida, e os tais foram chamados por Jesus de bem-aventurados.

E sobre esta pedra edificarei a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela... 

    Jesus disse que a sua Igreja seria edificada sobre a revelação de que Ele é o Deus Vivo - a declaração de Pedro - e nesta revelação a Igreja do Senhor está firmada e segura, livre de todos os males e das portas do inferno, pois está escondida sob a Luz da Revelação. Quando vivemos segundo a revelação e mantemos a nossa comunhão com o Deus Vivo, somos protegidos e ocultados dos olhos do inimigo, e desta forma ele não nos toca - I João 5: 18.

E eu te darei as chaves do reino dos céus... 

     As chaves servem para abrir a porta, e as chaves que o Senhor prometeu que daria a Pedro, foram as revelações que abriram a porta (Jesus) da salvação e da vida eterna para muitos, no início da Igreja. Quando Pedro pregou a Palavra do Senhor no dia de Pentecostes, a porta da salvação foi aberta para quase três mil pessoas, pois ele usou a primeira chave que o Senhor lhe deu para isso, que foi a revelação de que Jesus havia ressuscitado e estava vivo - Atos 2: 37-41. Mais tarde, Pedro usou a segunda chave e a porta do céu foi aberta para mais cinco mil almas - Atos 4: 4. Desta forma, as Chaves do Reino são as revelações (mensagens, o clamor, dons espirituais, experiências, etc.) que o Senhor concede a todos aqueles que o conhecem como o Deus Vivo. Através das chaves (revelações) podemos abrir a Porta e alcançar aquilo que está na eternidade. Andar na revelação significa fazer uso das chaves, e com elas alcançar aquilo que está programado na eternidade cada dia; é ter uma vida edificada na revelação, e prevalecer contra as portas do inferno. Quando não se tem a revelação, usa-se a razão, e a porta que se abre com a razão é a porta do inferno, e a religião tem sofrido essa situação, pois não tem a revelação. 

E tudo quanto ligares na terra será ligado nos céus, e tudo que desligares na terra será ligado nos céus - Quando o Senhor Jesus ensinou os discípulos a orar, disse: "Seja feita a tua vontade na terra, como no céu..." Isto significa que a vontade do Pai só pode ser feita, se aquilo que é sua vontade na eternidade, for alcançado e realizado por seus servos aqui na terra. Realizar a vontade do Pai - sua Obra - é alcançar o conhecimento de sua vontade programada na eternidade, através da revelação, executando-a em seguida, aqui na terra.
   
            Nós só podemos ligar na terra aquilo que já está ligado no céu (na eternidade), se abrimos a Porta usando as Chaves do Reino, que são as revelações que expressam a vontade do Pai, e entrar por ela fazendo esta ligação. Ligar a terra ao céu significa unir o homem à eternidade, para que tenha vida eterna através de Jesus.
            Toda chave tem um segredo para abrir uma porta, e o segredo das Chaves do Reino dos Céus é o Clamor pelo Sangue de Jesus. Somente através do Clamor podemos ter a chave certa para abrir a Porta e alcançar a eternidade.





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