03 abril 2013

Vento do sul.

 
 


Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da mulher grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas.
(Ec 11)

Todos nós devemos ter experimentado aquele dia que ao sair da porta de casa, no inverno, fomos surpreendidos pelo vento vindo do sul, ou do oeste, mas que todo dia sopra exatamente nesta direção e cujo impacto é bem desagradável.

Alguns de nós, tendo experimentado este vento durante anos em algum momento desejaram  que ele mudasse de direção, que não nos atingisse tão de frente, com tanto impacto.

Estamos tão preocupados com nosso pequeno problema naquele momento que nos esquecemos que os dias de inverno são poucos e que nos demais dias do ano trocamos o nome do vento que agora abominamos e o chamamos brisa, nos deliciando com o refrigério proporcionado pelo mesmo.

Se este vento passasse a soprar em outra direção, nos dias de sol escaldante, seria muito mais desagradável sairmos de casa e sermos surpreendidos pelo calor abrasador, que não seria amainado pelo mesmo,  contra o qual não temos o que fazer, pois não e possível agasalhar-se contra o calor.

Estas pequenas passagens, como poderiam ter sido citadas muitas outras, trazem em si exemplos de nossas vidas, da dificuldade que temos em aceitar as coisas ruins, mesmo sabendo que nelas também existem coisas boas, nos faz detestar o amargo do boldo, mesmo sabendo que após este amargo vem o alívio. Mas tem que ser assim mesmo. Os remédios naturais deixados para nos ajudar nas horas da doença têm gosto desagradável porque são para serem consumidos em pequenas doses, tomá-los com freqüência seria prejudicial.

Mas nossa memória registra o vento frio do inverno, não importa que seja o mesmo que nos refrigera nos demais dias do ano e o amargo do remédio, apesar do alívio proporcionado.

A grande verdade é que nossas vidas, têm na maioria dos seus momentos acontecimentos agradáveis, belas paisagens, crianças sorrindo, fatos e coisas que nos divertem, pessoas que nos amam, passamos quase cem por cento dela ao abrigo, aquecidos e seguros e muitos conseguem ser insatisfeitos.
É preciso inverter isto! Abrandar nossos corações, acreditar em nossas orações, não devemos orar por orar.

Quando orarmos pedir principalmente luz para nossos pensamentos, paciência para o que não pode acontecer na hora, compreensão para o que não pode ser mudado, como o vento que vai soprar todas as manhãs; e, assim será durante séculos, sentirmos, mas sentirmos mesmo, que temos muito mais do que precisamos para ser feliz.

Não vamos murmurar coisas contra qualquer coisa criada por Aquele que traz em sim tão sagradas marcas do amor, que nos traz o calor do sol, o refrigério da brisa e o alívio aos nossos corações, aprendamos a agradecer tudo de bom que recebemos e vivamos serenos em Sua companhia.
Tenha uma semana abençoada.


Baseado em texto de Mark Gui Pearse  publicado no livro Mananciais no Deserto. – Lettie Cowman.


Créditos da mensagem a José Carlos.



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Francisco Basilio de Lima 
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