Disse eu a mim mesmo: Ora vem, eu te provarei com a alegria; portanto goza o prazer; mas eis que também isso era vaidade. - Eclesiastes 2.1
O hedonismo continua a ser uma das correntes filosóficas mais difundidas ainda hoje, embora a sua origem cerca de 440 anos antes de Cristo pelo grego Aristipo de Cirene. 

Para o hedonista o que importa é a busca pelo prazer. O caminho para felicidade própria é o sentido da vida, pouco importando o que se tenha de fazer para achá-lo. Bom, essa é uma forma simplista de definir o hedonismo, mas, em suma, não foge disso: o prazer acima de tudo. 

O provérbio de Salomão nos remete a isso: a busca pelo prazer na vida. E se teve alguém que buscou intensamente o prazer foi Salomão, mas no fim, ele concluiu que não passava de vaidade. 

Hoje, em todas as esferas sociais e, eu diria até em certos meios cristãos, tem se pregado essa filosofia. Ninguém quer viver um cristianismo à moda de Jesus e seus apóstolos. Em nenhum momento, foi por eles pregado que ser cristão significa viver uma vida cheia de prazer o tempo todo. Pelo contrário, Jesus falou que teríamos aflições, mostrou um amor sacrificial. 

O apóstolo Paulo disse a Timóteo que sobreviriam dias difíceis onde os homens seriam mais amantes de si mesmos (2 Timóteo 3.1) e por conta disso passariam por cima de quem quer que fosse para atingir "sua felicidade". 

Por conta dessa filosofia é que temos tantas vidas e famílias destruídas. Para encontrar o prazer, a satisfação própria, muitos sacrificam pais, filhos, amigos, cônjuges, valores, saúde, etc. Pior, é que no fim de tudo, essa "felicidade" é falsa e muito, muito passageira.

Não vejo a Palavra de Deus falando desse tipo de felicidade; imediatista, egoísta, e sem valores. Ainda acredito que é melhor sofrer fazendo o bem do que fazer o mal em busca de prazer (1 Pedro 3.14-17). O prazer do cristão deve estar em fazer a vontade de Deus, em servir, em ver vidas restauradas e, acredite, esse é um prazer indescritível. Não deixemos passar a vida em busca de um falso prazer em detrimento do sofrimento de outros para depois, como Salomão, perceber que tudo não passou de vaidade.