''Vocês, orem assim: Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome.'' Mt 6.9

Por Jesus ser o autor da oração nessa passagem, ela é, incontestavelmente, a maior e melhor oração que existe. Pois, se esse Mestre bom e fiel tivesse conhecimento de uma oração melhor, certamente ele a teria nos ensinado. Isso não significa que uma oração que não use exatamente essas palavras seja sem valor. Pois, antes do nascimento de Jesus, muitos cristãos que nem sequer haviam ouvido essas palavras também as oraram. Mas nós devemos ter cuidado com as orações que não comunicam o mesmo sentido básico dessa oração. Os salmos são boas orações e expressam as mesmas ideias da oração do Pai-Nosso, só não as expressam tão claramente.

Assim, é um erro preferir outras orações a essa. Esteja atento principalmente àquelas orações escritas com títulos decorados em tinta vermelha, as quais trazem a esperança de que Deus nos dê saúde e longa vida, posses e honra, indulgências para nos livrar da punição e assim por diante. Por meio dessas orações, procuramos as nossas vontades e a nossa honra mais do que a vontade de Deus e a sua honra. Muitas pessoas têm começado a considerar mais essas outras orações do que a oração do Pai-Nosso. Não é que eu desconsidere completamente essas orações, é que as pessoas colocam confiança demais nelas. Consequentemente, a verdadeira oração do Pai-Nosso, que é íntima e espiritual, é menosprezada. Todo o perdão, todas as bênçãos, tudo o que é útil e que as pessoas necessitam para os seus corpos e almas na terra e no céu transbordam dessa oração.

É melhor você orar a oração do Pai-Nosso – orando de todo o seu coração, realmente refletindo nas suas palavras e deixando que ela transforme a sua vida para melhor – que recitar todas as outras orações juntas.

Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero