30 junho 2017

Segunda Chance - Vivendo o Evangelho



"Então Sansão clamou ao SENHOR, e disse: Senhor DEUS, peço-te que te lembres de mim, e fortalece-me agora só esta vez, ó Deus, para que de uma vez me vingue dos filisteus, pelos meus dois olhos." (Juízes 16:28)


O Deus a quem servimos nos vê de modo diferente do que nós vemos e é por isso que Ele nos dá novas chances de cumprir nossos propósitos. O jovem Sansão teve toda capacitação e oportunidades para ser o que Deus queria que ele se tornasse. Ele optou por ser um jovem impetuoso, briguento, arrogante, quebrador de regras e pior de tudo: mulherengo. Poucos são os atributos positivos deste homem que foi escolhido por Deus para ser um juiz no meio do povo. E ainda assim, Deus o usa atendendo seu pedido que aparece nesse versículo.


Eu fico imaginando, pela minha lógica completamente humana, que Sansão não merecia ser atendido nesse pleito. O propósito maior de Deus não era matar filisteus nem trazer vingança para alguém que estava colhendo os frutos de seus erros. Porque então concedeu o pedido? Porque permitiu a Sansão morrer com mais dignidade do que viveu boa parte de sua vida? A resposta é dolorosamente simples: não sei, Deus não pensa como eu.


O maior ensino que consigo ver neste texto é de que se eu alinhar meu esforço com o propósito de Deus eu terei mais força. É meio maluco, poderia ser mais fácil. Mas me permita explicar: se eu pedir o que Deus quer me dar, eu terei. Se a missão de Sansão era diminuir o numero de filisteus, bingo. Se Deus fez isso "em nome dos velhos tempos", o que não creio, estaria honrando um pedido final de um servo que em momentos passados foi fiel. Faz sentido, mas é meio desconfortável de aceitar se pensarmos que foi o próprio Sansão quem abriu mão de seguir o caminho "dos velhos tempos" então recompensar um erro fica esquisito.


Daí me vejo com meio século de caminhada, três décadas de evangelho e pouca coisa produzida. Se Deus quer algo de mim ainda tenho tempo, talvez. Se Deus espera que eu peça algo a Ele que é o que Ele quer me dar, eu já deveria saber disso. Vou esperar meu último suspiro? Sinceramente, tenho decidido que não. Estou mais e mais dedicando minhas madrugadas e começos de manhã a buscar entendimento e pedir a Deus para fazer em mim o mais simples de tudo - a Sua vontade. Isso faz parte de um evangelho mais vivido que teorizado, mais genuíno do que enfeitado, mais celestial do que mundano, mais espiritual do que lógico.


"Senhor, eu não quero desperdiçar a única vida que tenho para chegar no fim dela e tentar Te servir. Me ajuda a recuperar a urgência da Tua obra e a pressa em ser e cumprir minha missão na Terra"

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